Estou um tanto quanto cansado do convívio social
Aturar pessoas, algumas pessoas. A maioria, pra ser mais exato.
A cada dia que passa cresce minha vontade de ser uma árvore
Ou alguma coisa tão insignificante quanto eu,
Pra poder cantarolar baixinho,
Sem entonações
Qualquer melodia significativa
Com um pouquinho de amargura
Sem que alguém se importe
Sem que alguém queira saber o porquê
Estou um tanto quanto cansado de explicações
Queria me privar um pouco disso
Queria me privar um pouco do sensacionalismo que as pessoas fazem
Queria me privar um pouco de tanta coisa
Por que não fazer, da merda que eu estou, adubo?
Wednesday, February 21, 2007
Friday, February 16, 2007
O Caso do Sanduíche
A estória é a seguinte:
Era 6:45 da manhã. Um cidadão comum estava indo para o trabalho. Em uma mão, uma sacolinha plástica, contendo um pote plástico (embora a sacolinha e o pote fossem do mesmo material ambos eram diferentes).
Na outra mão, uma térmica contendo café que sua mulher preparou um pouco mais cedo.
No caminho pro trabalho, vinha uma viatura policial, que subitamente parou, ao lado do senhor cidadão.
- Mãos na cabeça! o brigadiano gritou e o cidadão assim o fez.
- O que tu tem aí?
- Nada não seu brigadiano. To indo trabalhá.
- Como nada? O que é isso na tua mão?!
- Calma senhor...
- Calma o caramba! Quem tu pensa que é?! interrompeu o brigadiano
- Me desculpa, eu tenho...
- Que desculpa o quê, me dá isso daqui...
Nisso o outro brigadiano desceu do carro.
- Dá uma averiguada nisso aqui.
E atirou a sacolinha ao outro brigadiano, ele pegou, deu uma olhada dentro, abriu o pote e constatou:
- Tem um sanduíche aqui, cara.
- Muito bem, e o que tem dentro? indagou o outro.
- Hum, tem uma fatia de apresuntado e uma de queijo, acho que é margarina.
- Ah, bom. Escuta aqui cidadão, então quer dizer que tu gosta de margarina?
- Olha; respondeu meio trêmulo o cidadão, mas com um toque de incerteza. -eu prefiro maionese, hellmans, mas como foi minha esposa que fez ela colocou margarina, por que ela prefere. Respondeu o cidadão.
Nisso o brigadiano já estava comendo o sanduíche.
- Ah, sabe que eu também prefiro maionese, mas até que tá bom isso daqui. Falou com a boca cheia.
E o outro continuou:
- E nessa outra mão aí?
- Ah, café; Minha mulher fez.
- Café... E tem leite?
- Não não, só café. Tô com as tripa meio renga, não posso tomar leite.
- Ah, muito bom.
- Traz aí. Resmungou engasgado o brigadiano.
Abriu, serviu-se e falou
.- Até que tá bom isso daqui.
Serviram-se.
- Então tá cidadão, pode ir pro seu trabalho, cê tá liberado.
Mas claro, antes dessa declaração houve um pouco de violência, mas eu quis poupá-los de tais fatos.
Mordidas, sangue e pequenas - mas não profundas - lesões.
No sanduíche, é claro.
O cidadão apanhou um pouco também, acompanhado de mordidas, sangue e pequenas - mas não profundas - lesões.
Moral da estória:
Como a gente pode se sentir protegidos, assegurados, sentir que podemos deixar nossos filhos sairem por aí, deixar a casa e ir pro trabalho, ou simplesmente, tomar um razoável café da manhã, sendo que as pessoas que deveriam nos dar proteção, andam de barriga vazia?
Era 6:45 da manhã. Um cidadão comum estava indo para o trabalho. Em uma mão, uma sacolinha plástica, contendo um pote plástico (embora a sacolinha e o pote fossem do mesmo material ambos eram diferentes).
Na outra mão, uma térmica contendo café que sua mulher preparou um pouco mais cedo.
No caminho pro trabalho, vinha uma viatura policial, que subitamente parou, ao lado do senhor cidadão.
- Mãos na cabeça! o brigadiano gritou e o cidadão assim o fez.
- O que tu tem aí?
- Nada não seu brigadiano. To indo trabalhá.
- Como nada? O que é isso na tua mão?!
- Calma senhor...
- Calma o caramba! Quem tu pensa que é?! interrompeu o brigadiano
- Me desculpa, eu tenho...
- Que desculpa o quê, me dá isso daqui...
Nisso o outro brigadiano desceu do carro.
- Dá uma averiguada nisso aqui.
E atirou a sacolinha ao outro brigadiano, ele pegou, deu uma olhada dentro, abriu o pote e constatou:
- Tem um sanduíche aqui, cara.
- Muito bem, e o que tem dentro? indagou o outro.
- Hum, tem uma fatia de apresuntado e uma de queijo, acho que é margarina.
- Ah, bom. Escuta aqui cidadão, então quer dizer que tu gosta de margarina?
- Olha; respondeu meio trêmulo o cidadão, mas com um toque de incerteza. -eu prefiro maionese, hellmans, mas como foi minha esposa que fez ela colocou margarina, por que ela prefere. Respondeu o cidadão.
Nisso o brigadiano já estava comendo o sanduíche.
- Ah, sabe que eu também prefiro maionese, mas até que tá bom isso daqui. Falou com a boca cheia.
E o outro continuou:
- E nessa outra mão aí?
- Ah, café; Minha mulher fez.
- Café... E tem leite?
- Não não, só café. Tô com as tripa meio renga, não posso tomar leite.
- Ah, muito bom.
- Traz aí. Resmungou engasgado o brigadiano.
Abriu, serviu-se e falou
.- Até que tá bom isso daqui.
Serviram-se.
- Então tá cidadão, pode ir pro seu trabalho, cê tá liberado.
Mas claro, antes dessa declaração houve um pouco de violência, mas eu quis poupá-los de tais fatos.
Mordidas, sangue e pequenas - mas não profundas - lesões.
No sanduíche, é claro.
O cidadão apanhou um pouco também, acompanhado de mordidas, sangue e pequenas - mas não profundas - lesões.
Moral da estória:
Como a gente pode se sentir protegidos, assegurados, sentir que podemos deixar nossos filhos sairem por aí, deixar a casa e ir pro trabalho, ou simplesmente, tomar um razoável café da manhã, sendo que as pessoas que deveriam nos dar proteção, andam de barriga vazia?
Eu achei
Eu achei
As coisas que eu escondi bem e não lembrava onde estavam
Eu achei
Que tu tava contente e fui embora
Eu pensei
Que talvez tu ficaria
Como a gente se fode por criar expectativas...
Como eu me estrepei
To ralado
Enzebrado
Tô fudido
Me caiu os butiá dos bolso.
As coisas que eu escondi bem e não lembrava onde estavam
Eu achei
Que tu tava contente e fui embora
Eu pensei
Que talvez tu ficaria
Como a gente se fode por criar expectativas...
Como eu me estrepei
To ralado
Enzebrado
Tô fudido
Me caiu os butiá dos bolso.
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