Sempre que eu vejo o careca das jaquetas reversíveis Tevah, eu fico pensativo:
E se nós fossemos como um jaqueta reversível Tevah?
E se nosso interior pudesse ser colocado pro lado de fora naturalmente
Sem precisar de coragem pra soltar
Ou coragem pra segurar o que se sente
Meu amor, minha epiderme
Minha tristeza, meu joelho
Uma alegria na barriga
Seria engraçado tocar teu coração
E o careca das jaquetas reversíveis Tevah me vestindo, me usando
Em qualquer lugar bonito, com aquele sorriso maroto no rosto
Seria jóia
Seria supimpa
Se ele tivesse uma lombriga
E o lado de fora fica pra dentro
Até desbotar e a gente troca
Ou no inverno,
ter outra jaqueta reversível Tevah, sendo a mesma.
Ser toda semana um, sendo o outro.
Até desbotar e a gente perde a graça
Assim como toda roupa um dia desbota
Todo livro da escola é riscado
Toda crocância um dia fica molenga
Tudo um dia perde a graça
Mas falando sério,
Como é que seria?
Se a gente não precisasse (ou não pudesse)
Guardar o que a gente sente?
Friday, March 02, 2007
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2 comments:
bah,massa!
o careca me lembrou muita coisa.
infância,sei lá...
beijo!
e o cara se foi...
acabaram com a publicidade da Tevah.
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