Outro dia ela se foi
Lenta, quieta.
Fez crer que caíra
A noite sobre meus pés
Serenou a vidraça
Baixou a guarda
Deixou as asas caírem
Subiu em pé
Voltou ao Sol
Queimou, supriu
A falta que aquilo me faria
Sem medo
Mostrou, serviu.
A pedra do sapato
Selvagem, inquieta.
Algo ali batia frenéticamente
E não me deixava parar
Pra ver,
Deitar
No dia em que ela parou
De sonhar,
Algo triste aconteceu.
Não tinha Lua.
Nem estrela.
Nem disco voador na janela.
E só o pensamento concreto
Feito o chumbo das suas asas.
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